O concerto foi ontem na Culturgest. Foi óptimo, mas curto. Estávamos avisados, é certo, mas estava a saber tão bem escutar aquelas canções, aqueles sussurros, aqueles comentários, aqueles desabafos…
As fotos são da Vera Marmelo; as duas primeiras são da própria Jenny Hval e na última apareço eu, por ali perdido e deliciado com tudo o que ia acontecendo em palco. A reportagem estará disponível em breve, no sítio do costume.
Uma tour por salas mais pequenas. Os Interpol poderão ter aqui a forma perfeita para se reencontrarem. A eles próprios como banda e com os seus fãs. É um luxo. É imperdível. Tem tudo para ser memorável.
E há muitas mais bandas que poderiam olhar para este exemplo e segui-lo, ainda para mais com os tempos complicados que se avizinham. Para todos. Bandas incluídas.
Por esta altura ainda há bilhetes mas o mais certo é que isso não continue a ser assim durante muito tempo. bol.pt
Figura única da música pop europeia, com uma identidade e personalidade muito própria, Jenny Hval, vem à Culturgest apresentar ao vivo o mais recente “Classic Objects”, editado com o selo da 4AD.
Dia 23 de Novembro, na Culturgest. Bilhetes a 16€. Pechincha.
O privilégio de poder assistir a um concerto de Arooj Aftab, acompanhada à guitarra pelo virtuoso Gyan Riley, a interpretarem canções de “Vulture Prince”. Tive-o ontem, no Teatro Maria Matos. Inolvidável.
Foi mais cru que o Tiny Desk em baixo, mas de uma intensidade e beleza ímpares.
O disco foi gravado entre o mítico Limoeiro e a garagem do Ruca. Quem misturou e masterizou foi o Davide Lobão. Este é um disco que tem o coração bem partido e que tenta, à volta disso, cantar a eterna conversa do que é pessoal, do dia-a-dia com pitadas de brilhantes e noites de folia. As batidas dançáveis misturadas com as letras melancólico-esperançosas, podem perfeitamente pôr-nos a chorar numa pista de dança.